Doses de Alquimia
Um alquimista vê o mundo como uma entidade viva, em constante mudança e movimento.
Esse movimento cria impressões que podem ser lidas tal qual uma linguagem. A Linguagem do Mundo.
Essa língua tem uma forma única de se expressar. É escrita e lida através de sinais.
Sinais que a Alma do Mundo deixou para cada pessoa.
Esses sinais que o alquimista lê mostram o que aconteceu, o que está acontecendo e o que poderá acontecer.
Para um leigo, esses “sinais” não são mais do que simples ocorrências de fatos cotidianos, aparentemente sem nenhum significado oculto.
Porém, para os olhos treinados do alquimista, esses sinais são mensagens da Alma do Mundo, auxiliando-o na realização da Grande Obra, da Lenda Pessoal. São símbolos que formam tal qual um mapa do tesouro, indicando onde estão as armadilhas, onde é seguro prosseguir e quais ações são mais recomendadas.
Outro dom do alquimista é a transmutação das situações e das circunstâncias. Devido a esse dom, o que parece ruim para as pessoas comuns, para o alquimista é bom. Ele sabe que tudo tem um propósito e que muitas situações são, na verdade, o contrário do que se pensa.
Um alquimista é desapegado de todas as coisas do mundo, pois sabe que não o pertencem. Ele as toma emprestado e as devolve assim que sua função foi cumprida. Pois Tudo é Uma Coisa Só.
Cada pessoa, por mais que rejeite, possui uma Grande Obra designada a ela. Não só as pessoas, mas tudo possui sua própria Lenda Pessoal. Todas as coisas caminham em direção à essa realização, mesmo que leve uma eternidade para atingi-la.
A finalização da Grande Obra é única para cada um. Alquimistas bem sucedidos aludiram à esse momento a criação da Pedra Filosofal, capaz de transformar chumbo em ouro; e a criação do Elixir da Longa Vida, capaz de curar todas as doenças e prevenir a morte.
Realizar a Grande Obra é a única obrigação dos homens.
Tiago Mazzon - http://www.labirintodamente.com.br
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