Como capturar um gênio

http://textosparareflexao.blogspot.com/2012/04/como-capturar-um-genio.html

Nesta divertida e estranhamente profunda palestra do TED, Elizabeth Gilbert, a celebrada autora do bestseller mundial "Comer, rezar, amar", nos traz um importante resumo do processo criativo humano.

A criatividade sempre foi um mistério: Todo artista que compreende de onde vem a maior parte de sua inspiração, sabe que o que importa é a informação passada adiante, a luz que veio e refletiu-se de alguma forma incerta. Quanto mais nos "intrometemos" entre a luz e quem a observa, mais corrompemos sua luminosidade. Borges chegava quase a se desculpar por ter sido através dele que seus textos chegaram, e não através de outro escritor – ele sabia, era tão somente o mensageiro.

Dentre outros exemplos curiosos (como o da poeta que precisava "correr como o diabo" atrás de papel e lápis antes que o "espírito da inspiração" passasse por ela e fosse atrás de algum outro poeta), Gilbert nos explica que foi somente após o Renascimento que nossa cultura ocidental passou a crer que a genialidade provinha do próprio artista, e de nada mais "fora" dele... Mas, na Antiguidade, todos sabiam que o grande artista, tal qual Sócrates e seu daemon, era tão somente o porta-voz de algo divino, inefável, eterno, que paira pelo ar, e nos abarca em toda a parte...

O gênio não é o artista (ou somente ele), mas as vezes conseguimos capturar algum passando junto a brisa:


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