DIÁRIO DE UM PSICANALISANDO, O – AFORISMOS DE TRANSTORNOS E PERCEPÇÕES DO AMOR

Prefácio do Livro Diário de um psicanalisando do Lucas Moreira

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Desnudar-se é um ato de coragem. E o caminho da coragem é o caminho coração, como nos ensina Osho, um dos gurus de Lucas. Conhecer-se. Futucar-se. Questionar-se. Caminhar pelos abismos mais obscuros de nosso inconsciente e deparar-se com o maior de todos os inimigos: nós mesmos.
O autoconhecimento é mesmo uma aventura. Dolorida e prazerosa – dentro de um contraditório vasto e profundo... Não é negando nossa humanidade, mas mergulhando conscientemente nela que podemos nos encontrar naquilo que muitos mestres vêm nos alertando: somos deuses e deusas esquecidos disso. Refletir, nos mostra que outros caminhos e atitudes são possíveis. E o mergulho que Lucas deu, dá, é profundo e corajoso.
Guiado por seu terapeuta, M. uma letra que tem cara, nome, personalidade – ainda que não diluída, em respeito a uma não exposição solicitada - Lucas potencializa sua capacidade cognitiva, vasculhando seu passado, abrindo novas possibilidades de visão pro seu Agora. Horizontes. É mais que poesia, é necessário. Quantos medos são capazes de, ou nos paralisar, ou causar uma série de atitudes repetitivas crescentemente negativas? Vários. Vamos olhando, percebendo, questionando, pra chegar na raiz das coisas e nos perdoar. Lucas encontrou muitas respostas e ainda faz perguntas, o que lhe faz admirável. E ainda dividiu conosco sua imersão no labirinto.
Somente alguém que não tenha nenhum sentimento formado por você poderá ouvir sua história enquanto vai-se adentrando nesse labirinto mental, sem afetar-se. A figura do psicoterapeuta já provou-se importante. Lucas a reafirma lucidamente, atribuindo-lhe uma forma, mas sabiamente tomando para si a responsabilidade de frear-se, quando encontrada a consciência da transferência. Escolheu morder a maçã, não a cara das letras.
Sua apresentação do livro, é um livro. E a nebulosidade outrora detectada por seus professores, é real. Mas não obscura, tão pouco facultativa. E é bom que seja assim, pois há versos nessa prosa. E há, sobretudo, uma boa respiração na escolha e no pontuar das palavras. Que ele siga escrevendo cada vez mais.
Ser ad-mirado é mesmo imprescindível. Desde que se sai da barriga. Mas ninguém admira ninguém ininterruptamente. E é por esse poro que também se respira. Cada h)estória é única. E cada relacionamento, também. Pai, mãe, irmão, os primeiros. Mãe, peito, barriga, estômago, boca, pica, buceta, é corpo. Campo – minado – de sensações...
“E existe tempo certo para ser?”. Não Lucas. Não mesmo. Todo dia é um novo dia. Mas somos acúmulo mesmo. E isso não precisa ser – porque tudo é - de todo ruim. É que a gente esquece – ou prefere esquecer – que independente de civilizarmo-nos, constantemente, somos bichos também. Selvagens. Parte da imensa natureza. A rebeldia é linda. Porque questiona. É preciso. Em cada fase, uma dosagem. Até o fim, eu penso.
“Conhecimento e revolta é uma mistura explosiva.”
Obrigada Lucas. Foi um grande presente ler o seu diário.


Isa Lorena 



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